quinta-feira, 6 de novembro de 2014


Texto original aqui. 

O título sugestivo deste chick lit , vulgo “literatura de mulherzinha”, nos faz  pensar no que realmente determina se uma pessoa é considerada gorda ou não. São as medidas? O número das roupas cuja modelagem muda completamente de uma loja para a outra? Essas medidas são padronizadas? Qual o número médio das mulheres brasileiras?

São perguntas que com certeza passam pela cabeça das mulheres que estão com uns quilinhos a mais, ou que simplesmente acham que estão.  E não seria diferente para a ex-estrela mirim Heather Wells, que desde a decadência de sua carreira meteórica como cantora de música pop engordou alguns quilinhos. Não que ela não tivesse motivo, afinal, fora traída pelo noivo com outra cantora muito mas magra; sua mãe roubou todo o seu dinheiro e fugiu para  a Argentina e seu pai não pode ajudar em nada porque já estava na cadeia.

Depois de uma década vivendo o sonho americano, Heather se vê novamente no mundo real onde as pessoas precisam trabalhar para pagar os sorvetes que a fazem se sentir um pouco melhor. Mas o emprego como inspetora de um dormitório universitário também não ajuda, pois lidar com adolescentes já não é fácil, ainda mais quando alguns deles começam a aparecer mortos misteriosamente no poço do elevador.

Seria a tal onda de “surfar” em cima dos elevadores? Heather é a única que não acredita nesta alternativa e começa uma investigação por conta própria.

Com muito suspense e humor, a autora Meg Cabot, da série O diário da Princesa, consegue levantar questões fundamentais sobre a estética determinada pela mídia.  Afinal, como um tamanho que representa a média das mulheres americanas pode ser considerado gorda apenas por não seguir a ditadura estética proposta pela mídia?

Uma leitura leve e divertida para todas as idades.


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