segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Texto por Priscila Guerra.



O mal das pessoas é julgar. Pela imagem, pela alimentação, pela forma de se vestir. E se for uma pessoa gorda, então? Crucifica ela, senhor.

Este comentário acima foi retirado em uma das matérias do site Ego, da Globo, e parei para pensar o quanto as pessoas estão estagnadas em uma linha de pensamento tão diminuta.

Pessoas gordas não podem ser sexy. Pessoas gordas não podem comer McDonalds sem receberem um olhar torto. A pessoa gorda não pode usar roupa bonita porque é gorda. Pessoa gorda é desleixada, com a saúde precária, com os poros explodindo colesterol.

E quem disse que isso é verdade?

O mundo disse. A tia da esquina, o senhorzinho da padaria, a mulher ao telefone conversando com a amiga. Mas ser gorda não é ser relaxada. Ser gorda não é sinônimo de comer que nem um porco selvagem. São comentários feitos por pessoas de mentalidade pequena mergulhadas no seu preconceito e que perdem seu tempo atacando os outros. As pessoas descontam seu ódio em algo que não tem nada a ver. Descontam sua frustração em outras pessoas, magoam e ferem e como recompensa, recebem o gostinho da “vitória” de ver a ofensa estampada no rosto daquela gorda.

O plus size não deveria ser uma vergonha. Não deveria ser algo tão anormal. Por que, então, uma pessoa gorda é tão anormal? Por que uma pessoa gorda tem que ser sempre julgada pelos seus quilos a mais, por sua pança protuberante, por seu rosto cheio? Anormal deveria ser pessoas morrendo por distúrbios alimentares, acabando com suas saúdes e suas vidas. Anormal deveria ser essa “não-aceitação” de uma pessoa que não se encaixa nos padrões criado por uma mídia. Anormal mesmo deveria ser esse “diz que me diz”, esse julgamento, essa mentalidade frouxa, essa vergonha alheia de ter que fazer do ouvido, um penico. Olhe-se para o espelho e veja, você também tem tantos defeitos quanto qualquer outra pessoa. Pense nisso.

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